sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O protesto

Tudo começou quando eu vim à escola e a vice-diretora Marília falou que não treia aula por causa da greve. Daí ficamos um pouco revoltados, porque é final do ano e, como estamos na oitava, nos preocupamos mais com isso. Nossa preocupação tem a ver com a formatura, com repetencia e com ter de recuperar aulas até janeiro.

Daí a Camila deu a idéia de a gente ir até a Zero Hora dar um depoimento sobre o Projeto da Governadora, que prejudicando os professores, está nos prejudicando também.

Fomos lá e marcamos hora para sermos atendidos às 10h30 e ficamos esperando até o horário. Quando vimos, os alunos do Colégio Protásio Alves estavam indo para o mesmo lugar, pelos mesmos motivos. Eles eram mais de trinta. Combinamos que dois representantes de cada escola iriam falar com o pessoal da Zero Hora. Para que a nota valesse a pena e houvesse um protesto, combinamos de fechar a Av. Ipiranga dos dois lados, para fazer com que o pessoal do jornal nos ouvisse. A gente queria chamar atenção, mesmo.

Fizemos cartazes e rimas para chamar atenção. Daí veio repórter, fotógrafo e a Brigada, mas não fizeram nada, porqu ehavia muitos menores. Só escoltaram para não haver mais tumulto. A professora do Protásio pediu para a gente sair (a gente ficou só 15 minutos) para não fazer mais tumulto.

De lá, combinamos de ir para a frente do Palácio Piratini, mas eu não fui porque estva cansada. No outro dia, terça-feira, fomos para frente do Julinho , para ver se tinha mais pessoas para ir conosco. Então fomos de novo para o Protásio. Lá, encontramos uns alunos do Inácio Montanha, que se organizou para ir no palácio Piratini. Fomos para o Palácio e encontramos os alunos das escolas lá. Fizemos cartazes e rimas , daí fomos protestar para que a Governadora nos ouvisse.

A gente entrou dentro da Assembléia para tentar falar com alguém, mas a gente não podia ter acesso às salas. E as professoras ficaram no nosso lugar. Falamos com o Raul Pont e o Fortunatti, eles falaram que não iam votar no Projeto da Yeda e que eles concordaram com a gente. Foram bem simpáticos.

Foi bem legal e eu gostei bastante de ver os colégios unidos do modo que a gente se organizou. Gostie porque é uma causa boa. A gente acha que os professores não tem culpa, quem tem culpa é a Yeda por fazer esse projeto. Se fosse preciso, eu faria mais vezes, porque foi uma novidade participar de um protesto. Minha família me apoiou em tudo. Não precisei mentir para poder participar do protesto. Fiquei tão contenta com o que vi dos alunos do Protásio, que quero ir para lá no ano que vem
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Tainá

Um comentário:

Jair Brum disse...

Há mais de 20 anos os cara-pintadas saíram foram para as ruas e clamaram pelas diretas já.Em 92,novamente os jovens se mobilizaram e derrubaram Collor do poder.
Agora,quem sabe,não serão vocês ,juntamente com os demais alunos das outras escolas que sairão às ruas que demoverão a Nossa Governadora e a sua fiel escudeira Mariza a ceder e acabar com o impasse.